Brasil está em relatório dos EUA sobre violação de direitos humanos e liberdade religiosa

  • 13/08/2025
Brasil está em relatório dos EUA sobre violação de direitos humanos e liberdade religiosa
Brasil está em relatório dos EUA sobre violação de direitos humanos e liberdade religiosa (Foto: Reprodução)

O Departamento de Estado dos EUA divulgou seu relatório anual nesta terça-feira (12), com críticas contundentes a diversos países – inclusive da América Latina – por violações sistemáticas aos direitos humanos, à liberdade de expressão e à liberdade religiosa.

O Relatório de 2024 sobre Práticas de Direitos Humanos identificou 16 países como responsáveis por violações sistemáticas, flagrantes e contínuas da liberdade religiosa.

Entre os citados sobre este tópico estão China, Irã, Coreia do Norte, Rússia, Nicarágua, Arábia Saudita, Eritreia, Paquistão e Mianmar.

Alguns desses países são classificados como “Países de Preocupação Particular” no relatório da Comissão dos EUA sobre Liberdade Religiosa Internacional (USCIRF), publicado em março de 2025.

A USCIRF destaca que, nesses contextos, a repressão religiosa não é apenas uma questão de fé, mas uma ferramenta de controle político e social.

Violações

O Relatório de 2024 sobre Práticas de Direitos Humanos analisou diversas formas de violação à liberdade religiosa, incluindo leis de blasfêmia que criminalizam opiniões divergentes, perseguição sistemática a comunidades de fé – como cristãos, judeus e outras minorias religiosas – e controle estatal sobre práticas de culto, como censura de literatura sagrada, fechamento de templos e vigilância de líderes religiosos.

O relatório destaca que esses casos revelam como a liberdade religiosa, quando suprimida, compromete não apenas os direitos individuais, mas também a estabilidade democrática e a convivência plural nas sociedades envolvidas.

América Latina

Embora o Brasil tenha sido citado principalmente por restrições à liberdade de expressão e atuação judicial controversa, o documento também chama atenção para casos graves em Cuba, Nicarágua e Venezuela, onde líderes religiosos enfrentam perseguição direta por parte do Estado.

A liberdade religiosa, considerada um direito humano fundamental pela Declaração Universal dos Direitos Humanos (Artigo 18), aparece como um dos eixos centrais do relatório.

Em Cuba, o governo é acusado de monitorar e restringir atividades religiosas não registradas, além de intimidar líderes que se posicionam contra o regime.

Na Nicarágua, o cerco à Igreja Católica se intensificou, com prisões arbitrárias de padres e fechamento de instituições religiosas.

Já na Venezuela, há denúncias de censura e cooptação de lideranças religiosas por interesses políticos.

Liberdade de expressão no Brasil

No caso brasileiro, o relatório aponta uma deterioração da liberdade de expressão e do devido processo legal, especialmente após os protestos de 8 de janeiro de 2023.

A suspensão de perfis em redes sociais, a censura de conteúdos jornalísticos e a prisão prolongada de manifestantes sem acusação formal foram destacados como violações preocupantes.

“A lei proibia a censura judicial com motivação política, mas houve relatos de censura. O governo censurou conteúdo online considerado em violação às ordens do STF, que instruíam as plataformas a remover conteúdo que supostamente disseminasse desinformação relacionada ao sistema eleitoral ou às instituições judiciais ou que menosprezasse autoridades judiciais com ameaças ou assédio online”, anotou o relatório.

(Foto: Reprodução)
Sessão plenária do STF em 05/06/2025. (Foto: Gustavo Moreno/STF)

Um dos pontos mais sensíveis do documento foi a aplicação da Lei Magnitsky Global contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. A legislação, criada para sancionar indivíduos envolvidos em graves violações de direitos humanos, permite o bloqueio de bens e restrições de visto.

A medida, tomada pela administração Trump, marca uma escalada diplomática e pode ter repercussões em fóruns internacionais e acordos bilaterais.

Antissemitismo em ascensão no Brasil

O relatório dos EUA destaca uma escalada preocupante de atos antissemitas no Brasil em 2024, especialmente após o ataque do Hamas a Israel em outubro de 2023.

Segundo a Confederação Israelita Brasileira (CONIB) e a Federação Israelita de São Paulo (FISESP), foram registrados 886 casos de antissemitismo entre janeiro e maio, quase seis vezes mais que no mesmo período do ano anterior.

“A maioria dos ataques ocorreu em ambientes digitais, como redes sociais e aplicativos de mensagens.”

O documento também menciona a declaração polêmica do presidente Lula, que comparou a ofensiva israelense em Gaza ao Holocausto, gerando forte repúdio da comunidade judaica brasileira.

Em paralelo, o Ministério Público de Santa Catarina realizou a Operação Overlord, que resultou na prisão de quatro indivíduos ligados a grupos neonazistas, acusados de incitação ao ódio e planejamento de atos violentos.

Segundo a CNN Brasil, a operação teve como objetivo combater o antissemitismo e o discurso de ódio, além de impedir o planejamento de atos violentos. Os indivíduos presos supostamente integravam uma banda que se apresentava em eventos neonazistas em diversas regiões.

O relatório lembra que a legislação brasileira prevê pena de dois a cinco anos para quem divulgar símbolos nazistas com fins ideológicos.

Consequências do relatório

As consequências comerciais e políticas do relatório são significativas. Países citados como violadores podem enfrentar sanções econômicas, restrições comerciais e perda de credibilidade internacional.

Empresas e investidores tendem a evitar ambientes onde há instabilidade jurídica e repressão de liberdades civis, o que pode impactar diretamente o desenvolvimento econômico e a cooperação internacional.

Além disso, o relatório serve como base para decisões em processos de imigração e pedidos de asilo nos EUA.

A proteção da liberdade religiosa é vista como um indicador da saúde democrática de uma nação.

FONTE: http://guiame.com.br/gospel/noticias/brasil-esta-em-relatorio-dos-eua-sobre-violacao-de-direitos-humanos-e-liberdade-religiosa.html


#Compartilhe

Aplicativos


Locutor no Ar

Peça Sua Música

Top 10

top1
1. Deus Proverá

Gabriela Gomes

top2
2. Algo Novo

Kemuel, Lukas Agustinho

top3
3. Aquieta Minh'alma

Ministério Zoe

top4
4. A Casa É Sua

Casa Worship

top5
5. Ninguém explica Deus

Preto No Branco

top6
6. Deus de Promessas

Davi Sacer

top7
7. Caminho no Deserto

Soraya Moraes

top8
8.

Midian Lima

top9
9. Lugar Secreto

Gabriela Rocha

top10
10. A Vitória Chegou

Aurelina Dourado


Anunciantes